Por Alberto Pacheco
Gerenciamento de risco e plano de continuidade de negócio são dois instrumentos gerenciais imprescindíveis e fundamentais para sustentabilidade empresarial. No mundo corporativo dinâmico de hoje, a capacidade de uma organização de enfrentar e se recuperar de adversidades é crucial. O gerenciamento de risco e o plano de continuidade de negócio (PCN) são elementos essenciais para garantir a resiliência organizacional.
O que é gerenciamento de risco?
O gerenciamento de risco envolve a identificação, avaliação e mitigação de riscos que podem impactar os objetivos de uma organização. Esses riscos podem variar desde questões financeiras e operacionais até ameaças cibernéticas e desastres naturais.
Compreender os riscos enfrentados e aos quais a organização está exposta é o primeiro passo para desenvolver estratégias eficazes de eliminação e/ou mitigação.
O gerenciamento deve responder os seguintes quesitos básicos.
Quais os riscos do processo?
Podem ser internos ou externos. Internos são todos aqueles inerentes a operação, incluindo processos, manutenção e conservação
Quais as consequências possíveis?
Levantar o reflexo de cada fatores de exposição de risco, tanto em relação a frequência quanto em relação severidade.
Como poderiam ser eliminados, mitigados ou transferidos?
- Eliminação de processos, compartimentação/isolamento de atividades potencialmente danosas;
- Mitigação mediante a criação de mecanismo de proteção, prevenção e intervenção automatizada e humana para contenção dos riscos;
- Transferidos à terceiros, via contratação de seguros.
O que é um plano de continuidade de negócio
Um plano de continuidade de negócio é um conjunto de procedimentos e diretrizes que visa garantir a operação contínua da empresa durante e após um evento adverso. Um PCN eficaz deve abordar aspectos como comunicação, recuperação de dados, manutenção de operações essenciais e estratégias de recuperação financeira. Sua implementação é vital para minimizar interrupções e proteger a reputação da organização.
O PCN deve abordar os riscos da operação, sobre os quais a empresa tem controle e também os riscos de mercado, sobre os quais a empresa não tem controle, mas que podem afetar a organização como um todo, como por exemplo, as variações cambiais, taxas de juros e políticas econômicas.
Relação entre PGR e PCN
PGR risco e PCN são interdependentes. Enquanto o gerenciamento de risco identifica e avalia as ameaças, o plano de continuidade de negócios oferece um roteiro para a resposta.
Integrar essas duas práticas permite que as empresas não apenas se preparem para enfrentar os riscos, mas também desenvolvam planos proativos para lidar com eles quando e se ocorrerem.
Passos para implementação
Avaliação de Riscos: Realize uma análise abrangente para identificar e avaliar os riscos/perigos mais significativos que a empresa enfrenta e suas possíveis consequências.
Desenvolvimento do PCN: Criar e implementar um plano que aborde as respostas a esses riscos/perigos, definindo procedimentos, papéis, responsabilidades e controles.
Testes e Revisões Contínuas: Regularmente, testar o PGR e o PCN e revisando e controlando o andamento e continuidade, conforme necessário, para assegurar que todos os dispositivos estejam operantes e a equipe esteja familiarizada com os procedimentos.
Investimento na implementação
Investir em gerenciamento de risco e no plano de continuidade do negócio é essencial para a proteção e resiliência da organização, minimizando, também, a exposição e responsabilização dos executivos.
Embora possa parecer um custo significativo inicialmente, os benefícios superam amplamente os gastos.
Aqui estão alguns pontos a considerar:
- Avaliação de custo-benefício: A implementação de práticas robustas de gerenciamento de risco pode evitar perdas financeiras substanciais em caso de incidentes. Uma análise de custo-benefício ajudará a identificar o retorno sobre o investimento, destacando economias potenciais decorrentes da mitigação de riscos.
- Capacitação de equipe: O investimento em treinamento e desenvolvimento da equipe é crucial. Funcionários bem treinados em gestão de risco e continuidade de negócios podem responder rapidamente a incidentes, minimizando danos e acelerando a recuperação.
- Tecnologia e ferramentas: A adoção de tecnologias adequadas para monitoramento de riscos e recuperação de dados pode exigir um investimento inicial, mas essas ferramentas são essenciais para garantir a eficácia dos planos de continuidade. Sistemas de backup, software de gerenciamento de riscos e soluções de comunicação são exemplos de ferramentas que podem fazer a diferença.
- Consultoria especializada: Considerar a contratação de consultores especializados pode ser um investimento valioso, principalmente para empresas que estão iniciando o processo. Eles podem ajudar na identificação de riscos específicos e na criação de um PCB sob medida.
- Revisão contínua: O gerenciamento de risco e os planos de continuidade não são iniciativas únicas. É necessário um investimento contínuo em revisões, testes e atualizações para garantir que a empresa esteja sempre preparada para novas ameaças.
A preparação e implementação dos planos de gerenciamento dos riscos e continuidade de negócio são fundamentais para a sustentabilidade de qualquer organização.
Com uma abordagem proativa, as organizações podem não apenas mitigar ou transferir riscos, mas também garantir que estejam prontas para enfrentar os desafios do futuro.